Mais uma das muitas vezes que escrevo e escreverei para ti ou sobre ti ou sobre mim, ou sobre a estupidez que é se quer escrever para ti, mas há coisas que pesam. É quase como um balão de ar quente, para subir tem de se tirar algum peso, neste caso se não liberto, poderei não subir.
É engraçado sempre que me lembro de ti, que é sempre...tenho de me refugiar com música. É como quando está escuro e nós estamos sozinhos em casa, ligamos a televisão, faz-nos sentir acompanhados!
Quase um ano e a desilusão permanece, foi rápido não foi? Todo aquele sofrimento e tensão da altura desapareceu, mas em certos momentos a escuridão que me faz ouvir música em busca de protecção reaparece, e não vejo nada, mas sinto...toco-te, beijo-te, e grito alto o teu nome, esperando uma vida que voltes. Tanta gente que fica sem o companheiro ou companheira, pois, saiu para comprar cigarros mas volta vinte anos depois para pedir perdão, vais fazer isso? Não faças.
Porque foi assim? Tinhas de agir assim, tu?! Mais uma vez prefiro não pronunciar o teu nome, é nessa altura que a raiva sobe e o ódio consome a raiva, e tudo o que não quero sentir por ti é raiva, muito menos ódio, mas estão realmente tão perto do amor não é?
Podias ter tido ao menos a consideração de não me fazer sentir o que sinto, porque não me enfiaste a mão na carne e me arrancaste o coração...não teria agora, cada vez que oiço falar de ti, ou mesmo quando eu faço questão de falar de ti sentir tudo isto. Porque sabes...até tinha um enorme orgulho em ti, e desculpa talvez nunca o ter mostrado.
Melhor que isso é quando falo de ti sentir-me feliz, por momentos parece que ainda estás presente, ao mesmo tempo que tenho de segurar as lágrimas, pois, prefiro chorar sozinho, ou mesmo não chorar, vergonha? Não tenho vergonha de chorar...
É este acto masoquista de pensar em ti, de falar em ti, de ver as nossas fotos quando estou sozinho, de ler o que me escrevias, a nossa frase “Para sempre” dita e perdida no tempo em vez do vulgar mas forte “Amo-te”. E que para sempre era esse? Eu pensava saber...
Sabes em choque com todo este sentimento, até houve alguém que me mostrou que podia apaixonar-me de novo, alguém que me despertou, mas, sabes eu tenho medo, é como quando tens um acidente grave e não voltas, ou tens medo de voltar a fazer o que o causou. E assim acabo preso a ti, afinal o choque foi grande, lembraste?
Mas hoje é domingo e se calhar é por isso que estou assim...ou então é apenas porque realmente encontrei alguém, mas sempre que encontrar alguém vou recuperar tudo o que está submerso sobre ti, são os recalcamentos do iceberg de Freud. Aconteceu contigo?! Não, claro, desculpa a pergunta.
Porque me desiludiste? São tantos os porquês a que nunca quiseste responder, e é por isso que não me libertas. Podias tê-lo feito, mas preferiste fugir e nem se quer explicar-me, eu compreendo-te e apesar de tudo foi o melhor não foi?
Como não me quiseste libertar, eu acabarei por me libertar sozinho, ou alguém virá libertar-me, como já está a acontecer, mas talvez eu pretenda adiar essa libertação, apenas e só por receio, e até porque tu terás sempre lugar de destaque.
Afinal não pretendo guardar rancores, guardo muitas interrogações, isso sim...interrogações.
És feliz, não és? Eu sei que és. Eu também o sou e talvez mais ainda, sabes que me aproximei e conheci gente fantástica depois do fim? Às vezes só gostava que tivesses comigo para que te conhecessem também, afinal, também eras fantástica, percebes?
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