quinta-feira, fevereiro 28, 2008
Wasted Years
E se me abrissem as portas para improvisar algo hoje, acho que entraria no campo de destruição, onde deixaria que me abatessem e gritassem, ouvir o som das armas, que não é muito diferente do som daquilo que ouvimos dia-a-dia, as pessoas a matarem-se, gradualmente, pessoas que se não se respeitam, pessoas que sentem gozo por ver os outros falhar, pessoas que pisam sentimentos sem nunca olhar, aos resultados... Acabamos todos da mesma forma dizem tantos... e acabamos, no fim somos todos iguais, mas porque não poderíamos ser...também, durante?
Afirmo com certeza que a maioria de nós não gosta que nos pisem, nem que nos gozem, então porque gozam e pisam também?
Torna-se um ciclo, e depois... o vizinho influência o outro vizinho que influência a irmã, que no fim influência, as amigas... não poderemos às vezes agir por nós? Creio, que podemos, livre arbítrio... não é?
Agora nas colunas toca Iron Maiden, banda que acompanhou a maior parte da minha adolescência, actualmente não me acompanha tão frequentemente, mas mantém-se no meu grupo de preferências, nem que seja pelo historial... lembro-me que muitas vezes ouvia quando estava de mal com o mundo, afinal sou eu que estou mal com ele e não e ele que está mal comigo, ganhava força ao ouvir as músicas, tornava-me pedra, inatingível, refugiava-me claramente em cada batida, em cada de acorde de guitarra, se era bom? Não sei...
Recuo agora uns anos, muito poucos, afinal não foi assim à tantos, tenho vinte e um actualmente, a força que me crescia na altura, tarda a crescer o que se torna preocupante... mas cresce...cresce bem! Naquele tempo ainda no sétimo ano, talvez no final, deram-me a conhecer a banda, um irmão quase, ainda hoje... saudades daquele pessoal, gente com ilusões, com sonhos, com um olhar descontraído sobre a vida, aproveitávamos tudo, como se fosse o fim, se um fosse abaixo os outros rapidamente o ajudavam a levantar e assim seguíamos, sempre a rir,a separação deu-se três ou quatro anos depois, contingências do percurso escolar... uma das minhas grandes desilusões com a vida, depois confesso, que nunca voltei a ser o mesmo, sendo que agora muita coisa mudou, mas continuo com saudades vossas pessoal... muitas vezes gostava que estivessem aqui como naquela altura, e me ajudassem a encarar... não tínhamos medo de nada, inconsciência, talvez...
Agora, tudo é diferente e eu... não tenho força.
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