E o palhaço surgiu como gladiador na arena, para animar o público, aqueles que se sentem desanimados.. fazer construções com balões, fazer com que os outros riam, os malabarismos que se fazem com duas mãos. As crianças riem-se, gritam em uma voz alta " Palhaço, Palhaço!!
É uma festa, o povo reunido, no tempo dos gladiadores, a gritarem, enquanto eles lutavam pela vida, aos que morriam uma ovação com prazer não por ele mas pela morte, aos que sobreviviam, melhor sorte amanhã, ou num outro dia... mas o púbico gosta.
O sol brilha hoje como já não brilhava à uns tempos, porreiro, é bonito, e disfarça... bom dia para por a bela da mochila nas costas e partir...
Para onde? O que é que isso importa.. é ir.... o resto vem por arrasto, se não vier vai-se buscar.
Mas tenho-te sentido a ti nos meus pés, forte e sem ceder, firme, diria. Tu caminho, que estás sempre ai, à espera que eu caminhe, e eu... não caminho. Desculpa, a ti peço desculpa, e sei que desculpas, como sempre, não é? Um dia deixarei o sonho, e a mala subirá às costas, e vou... eu e tu, tu debaixo dos meus pés, e eu caminhando... se não tiver sol, haverá chuva, e tu sempre ali, e eu sempre aí.
Neste momento não te alcançaria mesmo que entrasse numa tentativa desesperada de te apanhar, e acredita que às vezes queria bastante, nem que fosse só para ver se conseguia...
Onde é que estás tu, não te vejo no meio das crianças? Hey... não...
A mala está pesada...
Foste embora... encheste-me o sangue de palhaço com o teu veneno e agora vais-me deixando morrer lentamente, como um gladiador, e ris-te disso. Porquê.... logo tu.
...mas tentarei caminhar, gosto do caminho, mas não sou palhaço.
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1 comentário:
Pois não és não, esse era o senhor prior!
E aquele caminho para o pontão? Seremos sempre atormentados pela presença de uma ratazana que enojou o André.
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