quarta-feira, dezembro 19, 2007

Ah.Ah.ah...




De volta às escritas, talvez pelo dia cinzento e com nuvens, ou pelo estado de humor ter descido drasticamente ao limiar do negativo, e como diz uma amiga, um blog pode servir para isto.
Enquanto a chuva cai lá fora (abençoada seja, comentarão alguns), eu esboço um pequeno sorriso, ligeiramente irónico confesso. Isto porque, me vejo reflectido no vidro da janela do meu quarto, a minha cara preenchida com pequenas gotas de água, e porque se trata da minha cara, irei pôr algum ar de gozo e desrespeito.
Ambiciono aqui sentado nesta cadeira que em muitas alturas me faz doer as costas, sair e viajar, mas não tenho vontade de esperar e por isso vou-me perdendo em situações mentais, que de estranhas e absurdas terão muito, mas que me fazem sentir agora perto do limiar da felicidade.
Hoje consegui porque tinha de conseguir estar num sitio, que me trouxe sentimentos frescos, em que o vento me levou, e me trouxe em segundos que de segundos tiveram pouco. Momentos em que me quis perder, mas em que constantemente me encontrei, e ás vezes como gostava de me perder de mim próprio, mas sem me perder da minha identidade.
Procurei numa outra época como o faço muitas vezes o prazer que muitas vezes se torna tão difícil de encontrar aqui, e por entre sorrisos e gargalhadas regressei suavemente, ao chão que pisava, sem deixar que o vento se apercebe-se da minha viagem às suas custas, ironicamente e sem vontade sorri, sem mostrar os dentes, como faço muitas vezes, quando se trata de mim mesmo.
Parece que o vento não me levou a um sitio desconhecido, quis apenas recordar-me de um tempo que eu procurei esquecer e que podia ter vivido,mas rejeitei. Parece que anseio vivê-lo agora...mas agora não posso!
Ele diz que tive oportunidade...agora ri-se de mim, com um riso irónico, algum ar de gozo e como se trata de mim, algum desrespeito.

- Tens razão. Já agora serei o meu próprio vento?
- Serás.

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