Voltei a sentir a natureza, a deixa-la falar comigo, e voltei a conseguir ouvir-me. Paz estranha, braços estendidos, erva e vento no corpo, o som...
A vida segue ligeira, pronta a deixar cair quem se quer perder, e é tão fácil que doí, que queima! Lutar contra o que segue e segue e segue... como num rebanho!
Que bom é saber que ainda se consegue lutar!
A árvore que chama e ninguém a ouve, as centenas de vidas a que ninguém liga.
Ah este som, que fantástico! Não, não se iguala ao som do vento, mas também sabe bem, música...
Música e dança! E pintar e livros e praias e fogueiras e corpo e alma... E riscos e quadros e bolas, e o mundo todo na minha mão e a minha mão aberta para o deixar rolar porque merece ser livre!
E a imensa falta de sentido...
E a falta de palavras bonitas e a falta de frases bem feitas e a minha alma posta aqui sem sentido, sem beleza, sem falsidades... nua!
Sara Candeias.
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