Pétalas de rosa encharcadas de sangue, deu-se um crime na noite passada, crime de contornos arrepiantes. A princesa matou o amor imortal de seu príncipe, seu não, porque para ela não era seu, mas para ele era sua. As pétalas que serviam para purificar a alma, serviram então de colchão para que a princesa e seu amante pudessem ali desfrutar de uma noite de sexo, sobre o sangue azul do princípe que agora não tem outra cor a não ser o negro.
Sua alma percorre agora os caminhos do mundo, afinal não morreu, jurou vingança, mas não se quer vingar.
A princesa chora.
O amante violou-a.
A princesa consentiu.
A princesa gostou.
A princesa pediu mais.
O amante bateu-lhe.
A princesa chorou de novo.
Alguém que tire a faca das costas do príncipe.
O príncipe percebe que não precisa de ajuda.
O príncipe tira a puta da faca das costas.
O príncipe grita por revolta.
O príncipe manda os sentimentos à merda.
O príncipe pontapeia o amor.
O príncipe não acredita em nada.
O príncipe segura a faca e espeta no coração.
Assim o príncipe matou a princesa, que não existia, a não ser no interior do seu peito, alimentada por um amor que outrora não mais se viu.
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